quinta-feira, 22 de abril de 2010



Quanto mais a mídia divulga notícias sobre a dieta saudável ideal, menos as pessoas sabem o que pôr no prato. A confusão é gerada pelo excesso de informação. O resultado final é que o público, com tantas dicas contraditórias, sai perdendo - não o excesso de peso, mas a noção do que seja uma boa dieta.

Um dia, o ovo é alimento saudável, tempos depois os profissionais da saúde declaram que ele é o vilão do colesterol alto. Durante décadas, a dieta do Dr. Atkins liberou o consumo de gordura, o que é absolutamente condenado nos dias de hoje. No passado, o chocolate deveria ser banido da alimentação de quem queria se manter em forma. Atualmente, o pretinho básico é recomendado, em pequenas quantidades, para combater os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento da pele, e pela sensação de prazer que provoca no organismo, ao ser ingerido. Antigos vilões alimentares passaram, assim, a ser vistos sob outra ótica - se consumidos com moderação, não fazem tão mal assim.

Outros alimentos tornaram-se as estrelas das dietas, como é o caso atual do vinho tinto, do azeite de oliva (contra-indicado no início dos anos 90!), do salmão e do tomate.

Até os anos 80, as pessoas tiravam dúvidas com o médico particular. Hoje em dia, a situação mudou: o público busca soluções rápidas em meio ao vaivém das teorias, que ganham espaço em jornais, revistas, Internet, rádio e TV. Tudo isso tem uma explicação, segundo o endocrinologista Walmir Coutinho, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso): "quem tenta emagrecer e não consegue fica obcecado por resultados. Qualquer coisa aparentemente milagrosa que aparece na mídia tem muita procura e vende muito".

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